quinta-feira, 28 de junho de 2007

Hungria, outubro 1956

Revolução Húngara de 1956
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A Revolução Húngara de 1956 foi um levantamento popular espontâneo contra o governo stalinista na Hungria e contra a política imposta pela União Soviética, iniciado em 23 de Outubro de 1956 com uma grande manifestação estudantil que marchou pelo centro da capital Budapeste. No dia 4 de Novembro de 1956, o Exército Vermelho invade a cidade e a resistência organizada chega ao fim, seis dias depois.
[editar] História


Protesto de estudantes sob a estátua do General Bem em Budapeste, 23 de Outubro de 1956.
O levante húngaro começou em 23 de Outubro de 1956, com uma manifestação pacífica de estudantes em Budapeste. Exigiam o fim da ocupação soviética e a implantação do "socialismo verdadeiro". Quando os estudantes tentaram resgatar alguns colegas que haviam sido presos pela polícia, esta abriu fogo contra a multidão.
No dia seguinte, oficiais e soldados juntaram-se aos estudantes nas ruas da capital. A estátua de Josef Stálin foi derrubada por manifestantes que entoavam, "russos, voltem para casa", "abaixo Gerő" e "viva Nagy". Em resposta, o comitê central do Partido Comunista Húngaro recomendou o nome de Imre Nagy para a chefia de governo.
Em 25 de outubro, tanques soviéticos dispararam contra manifestantes na Praça do Parlamento. Chocado com tais acontecimentos, o comitê central do partido forçou a renúncia de Gerő e substituiu-o por János Kádár.


Tanques do Pacto de Varsóvia entrando em Budapeste em 1956
Nagy foi à Rádio Kossuth e anunciou haver tomado a chefia do governo, na qualidade de presidente do Conselho de Ministros. Prometeu uma ampla democratização da vida pública do país, a melhoria radical das condições de vida do trabalhador e a busca do socialismo condizente com as características nacionais da Hungria.
Em 28 de outubro, Nagy e um grupo de colegas lograram obter o controle do Partido Comunista. Surgiam conselhos revolucionários por todo o país.
Em 30 de outubro, Nagy comunicou a libertação do cardeal Mindszenty e de outros prisioneiros políticos. Anunciou-se que o governo pretendia abolir o sistema de partido único. Reconstituíram-se os Partidos dos Pequenos Proprietários, Social-Democrata e Camponês Petőfi. Em 1º de novembro, Nagy comunica a intenção húngara de se retirar do Pacto de Varsóvia e pede a intervenção das Nações Unidas na controvérsia com a URSS.
Em 4 de novembro, o Exército Vermelho invadiu a Hungria e derrotou rapidamente as forças húngaras. Calcula-se que 20 000 pessoas foram mortas durante a intervenção soviética. Nagy foi preso (e posteriormente executado) e substituído no poder pelo simpatizante soviético János Kádár.